quinta-feira, 15 de outubro de 2009

BLOG repercutindo

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INFORMAÇÃO


No mês de maio deste ano, eu postei uma informação sobre o lançamento do canal do Google, que pretendia ensinar jornalismo pelo Youtube. Dei minha opinião a respeito e no mês de setembro fui contactado pela estudante de jornalismo da PUC - São Paulo, Marina Novaes, me solicitando uma entrevista. Dei com maior prazer, agora segue abaixo a matéria feita por ela.


Canal do YouTube auxilia cidadãos a fazer reportagens
Jornalistas norte-americanos fornecem dicas para internautas

Marina Novaes



Com o objetivo de facilitar o surgimento de “jornalistas cidadãos”, o Google lançou o “Reporter’s Center”, um canal do YouTube que reúne vídeos de jornalistas experientes e de veículos como “The New York Times”. Assistindo aos vídeos, o internauta pode aprender sobre ética, acompanhar o relato de experiências jornalísticas em coberturas internacionais e receber orientações para realizar uma entrevista, além de outras informações. Já existem 30 vídeos publicados em inglês, e alguns deles também ensinam a produzir vídeos pelo celular e aumentar a audiência dos postados no YouTube.

Aproveitando a nova onda das redes sociais, o Google pode fazer muito sucesso. Cada vez mais aumenta o número de pessoas comuns que querem se tornar jornalistas e a internet é o fator que proporciona essa generalização. Mas o que se coloca em risco são a confiabilidade da fonte e a informação de qualidade.

Existem opiniões diversas a respeito desse novo canal. A jornalista Andrea Belsito manifesta a sua opinião: “Este canal é patético, criar cidadãos repórteres pelo mundo afora é uma irresponsabilidade sem igual”. Ela ainda acredita que “isso tudo favorece os grandes meios de comunicação e grandes empresários com interesses os mais escusos possíveis”. Já o estudante de jornalismo, Neuber Fischer, 23, acredita que o “Reporter’s Center” serve como um complemento, mas jamais substituirá um curso de graduação: “procuro conciliar os assuntos vistos em sala de aula com os abordados no Youtube”.

O freelancer de jornalismo, Paulo Mozzone, também defende que o canal “pode ser usado como mais uma ferramenta enriquecedora nas aulas da universidade”. Para ele, é como se grandes nomes do jornalismo mundial ministrassem uma palestra na universidade, mas isso jamais substituirá os quatro anos de presença em sala de aula, apenas acrescenta ao currículo do aluno. Ao ser questionado a respeito da banalização do jornalismo, ele afirmou que a profissão está democratizada, porque qualquer cidadão pode exercê-la, porém alertou que tal fato definitivamente não inclui aventureiros e picaretas de plantão.
“Acredito que
o bom jornalismo
é feito de observação,
mente aberta e sem fronteiras”
Paulo Mozzone, jornalista

Apesar do medo que atingiu os estudantes, de acordo com os entrevistados, não é porque o diploma se tornou desobrigatório que a universidade perderá seu valor, muito pelo contrário, ela poderá ter um papel de destaque ainda maior, por diferenciar o jornalista formado daquele que não é. Sendo assim, o “Reporter’s Center” não significa uma ameaça às instituições acadêmicas, até porque passos ensinados pela internet não se comparam às aulas presenciadas na universidade.

Os vídeos podem ser encarados como um complemento à formação, visto que alguns deles chamam a atenção para as mudanças que o jornalismo deve enfrentar, com o propósito de se adaptar ao novo mundo tecnológico. Os colunistas e grandes jornalistas norte-americanos de veículos como Washington Post, Associated Press, Bloomberg e The New York Times, chamam a atenção para o problema universal de todos, a falta de tempo. Para combatê-lo, aconselham priorizar a produção de vídeos e de imagens, além de objetivar a notícia, ou seja, enxugá-la de modo que o leitor a leia rapidamente.

A respeito de ensinamentos sobre a realização de entrevistas, os vídeos não mostram nada do que o estudante já não saiba. Eles sugerem procurar manter uma conversa com o entrevistado e fugir do tradicional “pergunta e resposta”. Dessa maneira, a entrevista pode tomar um rumo inesperado e revelador.

Antes de ter opinião a respeito dessas dicas, é necessário levar em conta que as experiências não podem ser exclusivas para jornalistas formados. A concorrência já existe e sempre existirá, impedir o conhecimento dos outros não é uma forma de coibi-la.

Ser jornalista depende de mais fatores do que simples vídeos e aulas dadas nas universidades. O que define o jornalismo de qualidade são o desempenho do profissional na prática e o comprometimento em tornar a verdade pública. Como Andrea Belsito relembrou, a função social do jornalista é de vigilância, ele sempre existiu para vigiar e cobrar resultados das esferas de poder de uma nação.

OPINIÃO
A matéria da Marina, em minha opinião ficou muito boa, bacana é que o texto vai realmente ao encontro da minha opinião. Fiquei feliz de ter participado e colaborado, já entrevistei muitas fontes, mas esta foi a primeira vez que eu fui fonte, gostei da experiência, gostei mais ainda é de ver meu blog repercutindo. Obrigado pela oportunidade e credibilidade.

3 comentários:

  1. É, Neuber, vc ainda será fonte em centenas de textos!

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  2. Espero ser mesmo, fonte em muitas ocasiões. O bacana é que desta entrevista, surgiu um contato, para troca de experiências, entre eu e a Marina, autora da matéria.

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