sábado, 10 de outubro de 2009

Lula: luz, câmera, ação e campanha

Capa

INFORMAÇÃO

Na última semana de março de 1979, o sindicalista Luiz Inácio da Silva é carregado nos ombros de dezenas de metalúrgicos do maior polo industrial brasileiro, que decidem, uma vez mais, entrar em greve para exigir melhores condições de trabalho. Poucas semanas antes, o torneiro mecânico estampara pela primeira vez a capa de uma revista semanal.

Reportagem de ISTOÉ apresentava para todo o País aquele líder sindical barbudo, de voz rouca, conhecido como Lula, que em pleno regime militar insistia em enfrentar a poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e aglutinava milhares de trabalhadores em históricas assembleias no estádio da Vila Euclides e nas praças de São Bernardo do Campo.

Na terça-feira 27 de outubro de 2009, quando completar 64 anos de idade, Lula certamente não conterá as lágrimas ao assistir às cenas em que o ator Rui Ricardo Diaz é carregado nos ombros de dezenas de figurantes representando cenas das greves que ele próprio protagonizara há três décadas.

Na festa de seu aniversário, o ex-líder sindical assistirá pela primeira vez a “Lula, o Filho do Brasil”, filme do produtor Luiz Carlos Barreto e dirigido por seu filho Fábio Barreto. A estreia nacional desta que é a mais cara produção do cinema brasileiro está marcada para 1º de janeiro do próximo ano e pode se tornar uma importante ferramenta eleitoral, quando o País estiver mergulhado na sucessão presidencial...

Fonte: http://www.istoe.com.br/



OPINIÃO

Na semana passada foi a revista Época que trouxe na capa o tema cinema. Esta semana a revista Istoé traz o filme Lula: O Filho do Brasil. Sem dúvida a produção milionária promete sucesso de público e faturamento. Sem contar que vai ser uma arma poderosa para consolidar a popularidade do presidente no Brasil e no exterior. O mundo vai conhecer a história do ex metalúrgico e sindicalista que se tornou presidente da república. E ainda, o longa vai ser usado como propaganda eleitoral indireta.

Agora, que esta capa, que por sinal está excelente, graficamente falando, ao trazer a foto de uma das cenas do filme. Aponta claramente a postura da revista em apoiar Lula, não resta dúvida. Mas como sabemos, imparcialidade no jornalismo, embora pregado aos quatro ventos, não passa de utopia! Será que em 2010 este filme vai valer um Oscar? Seria a coroação suprema de Luis Inácio Lula da Silva, o novo Rei do Brasil.

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