quarta-feira, 2 de setembro de 2009

JN 40 anos

Parabéns

NOTÍCIA

A proposta era ambiciosa: levar ao ar o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil. Naquela época, a TV Tupi apresentava o tradicional Repórter Esso. O homem havia acabado de chegar à Lua. Os aparelhos de televisão veiculavam imagens em preto e branco. Foi nesse contexto que, no dia 1o de setembro de 1969, a emissora de Roberto Marinho lançou o telejornal que se tornaria e se manteria até hoje como o mais importante do País. "O Jornal Nacional da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil", anunciou o apresentador Hilton Gomes, que ocupava a bancada ao lado de Cid Moreira.

Terminado o programa, Armando Nogueira, o idealizador do JN, pôde comemorar, a transmissão não apresentou os temidos problemas técnicos. Ele e Alice Maria Tavares Reiniger, que fazia parte de sua equipe, começavam naquele momento a escrever um novo capítulo do telejornalismo nacional. Quinze meses depois, o concorrente Repórter Esso saiu do ar.

Desde os primórdios, o break do JN já era considerado espaço nobre para a consolidação de marcas e o lançamento de produtos. Tanto que o próprio nome da atração despertou o interesse do extinto Banco Nacional de Minas Gerais, que se tornou o seu primeiro patrocinador. De lá para cá, a condição só se fortaleceu, e atualmente o seu intervalo é o mais caro da televisão brasileira, o valor de tabela é de R$ 367,7 mil para o comercial de 30 segundos. Um custo superior até mesmo ao da novela das nove e do Fantástico.

"Há 40 anos, o Jornal Nacional é o eixo da grade da Globo, da mídia de qualquer grande agência e do cotidiano da maioria dos brasileiros", comenta Washington Olivetto, chairman da W/."O JN é mais do que um programa; é uma instituição", acrescenta Adílson Xavier, presidente da agência Giovanni+DraftFCB. "O que sai ali é dito para o País inteiro."

Além da alta audiência, de cada cem televisores ligados quando a atração vai ao ar, 57 estão sintonizados na Globo, o noticiário oferece outro diferencial aos anunciantes: o break é mais curto e a quantidade de comerciais, menor, assim como o índice de dispersão.

Com público composto prioritariamente pela classe C (41%, ante 27% das classes AB e 32% da DE, segundo o Ibope Telereport), o JN aposta em uma linguagem mais simples e informal, hoje incorporada especialmente pelas figuras de seus âncoras, o casal William Bonner (que também ocupa o cargo de editor-chefe do programa) e Fátima Bernardes.

Em situações especiais, como a Copa do Mundo ou a visita do papa Bento XVI ao Brasil, um dos apresentadores fica na bancada, enquanto o outro transmite as notícias in loco. Tanto Fátima quanto Bonner se tornaram mais do que pessoas públicas. Eles alcançaram status de celebridade. Basta lembrar o episódio da chapinha japonesa, quando a mudança no cabelo de Fátima tornou-se uma das notícias mais comentadas do Brasil.

A dupla Bonner e Fátima está à frente da bancada do JN desde 1998. Mas foi Cid Moreira o apresentador que, até hoje, por mais tempo conduziu o programa, ao todo 27 anos. Sergio Chapelin, Celso Freitas e Lilian Witte Fibe são outros nomes que tiveram a incumbência.

Do ponto de vista editorial, ao longo de quatro décadas, o telejornal foi o responsável por importantes furos jornalísticos e por eternizar na mente dos brasileiros alguns dos fatos mais importantes da história recente.

É quase impossível não se lembrar de Pedro Bial, na época ainda correspondente internacional, noticiando a queda do Muro de Berlim. Ou da entrevista com Paulo César Farias, ex-tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor, que estava foragido. Mas o JN também teve seus momentos nebulosos. Certamente o mais comentado deles foi a edição do debate de 1989 entre os então candidatos à Presidência da República Fernando Collor de Melo e Luiz Inácio Lula da Silva. As cenas exibidas durante o jornal teriam favorecido Collor e sido decisivas para a derrota de Lula.

Fonte: http://www.meioemensagem.com.br




OPINIÃO

Parabéns JN pelos 40 anos de jornalismo, embora tenha suas falhas, que são muitas quanto a ética e a linha editorial, temos que dar o braço a torcer e reconhecer que o Jornal Nacional é sem dúvida o principal jornal e por onde a população brasileira, bem ou mal, se informa.

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